terça-feira, 7 de setembro de 2010

O negro e as relações sociais no Brasil

Negros e brancos no Brasil nunca mantiveram uma relação amistosa, tal posição aqui assumida, nos diverge da leitura em Gilberto Freyre (Casa Grande e Senzala), onde o mesmo sinaliza as relações sociais no Brasil dos anos 30 como uma relação de convivência pacífica, ou seja, harmoniosa entre brancos e negros, senhores de engenho e escravos. Apesar desta aparente relação horizontal, entendemos que há uma soberania do branco no sentido cultural, econômico, político e social em todas as dimensões da sociedade brasileira.
Historicamente no Brasil os negros sempre estiveram subordinados na estrutura social e econômica, tanto no período escravocrata quanto nos que se seguiram. Entretanto mesmo estando submetidos ao poder político e econômico, sua cultura permanece vigorosa, estabelecendo lugar inegável na cultura nacional. A dinâmica brasileira das relações raciais materializadas, em toda sociedade, em uma lógica de segregação baseada em preconceitos e estereótipos raciais difundidas e fortalecidas por instituições sociais dentre elas a escola e em especial a família só vem legitimando cada vez mais a desigualdade racial (SISS, 2003).

Nenhum comentário:

Postar um comentário